quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Retirada prematura da FEB prejudicou Brasil

A retirada prematura da Força Expedicionária Brasileira da Itália, no fim da Segunda Guerra Mundial, prejudicou o prestígio internacional do Brasil e sua reivindicação de um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, afirmou ontem o historiador militar americano, ao participar do seminário A Cooperação Militar Brasil-Estados Unidos: da FEB ao Haiti, no Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), no Rio de Janeiro.

McCann está lançando Soldados da Pátria, uma história do Exército Brasileiro até a Segunda Guerra Mundial. É autor de outros livros, como O Brasil e a Segunda Guerra Mundial: o Aliado Esquecido. "A FEB não mudou a história da guerra, mas foi muito importante".

Além da ação da FEB em ações como a tomada de Monte Castelo, que na sua visão foi essencial para derrotar os nazistas no Norte da Itália, ele destacou a importância das bases aéreas instaladas no Brasil para suprir as forças aliadas em frentes importantes Norte da África, da ponte aérea Natal-Miami e da ligação Brasil-África-Índia para chegar à Birmânia e à China: "Não havia outra maneira de chegar lá depois que os nazistas tomaram a Europa e os japoneses, as ilhas do Pacífico".

Como o Brasil saiu rapidamente da Itália, perdeu uma oportunidade de se afirmar internacionalmente e até hoje não conseguiu a vaga no Conselho de Segurança: "Se [o presidente americano] Franklin Roosevelt não tivesse morrido e Osvaldo Aranha não tivesse saído [do Ministério das Relações Exteriores], talvez o Brasil fosse membro permanente."

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