quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Junta mata pelo menos mais nove em Mianmar

As forças de segurança de Mianmar, no Sudeste Asiático, voltaram a atacar hoje os manifestantes que lutam pela democratização do país, depois de 45 anos de ditadura militar, matando pelo menos nove pessoas, inclusive um jornalista japonês.

Diversas vozes se erguem para pedir moderação à junta militar que transformou a antiga Birmânia num dos países mais fechados e corruptos do mundo, onde uma máfia de generais divide o poder e os lucros. O sociólogo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, relator das Nações Unidas para direitos humanos, que não tem autorização para entrar no país desde 2003, fez um apelo, pedindo uma intervenção internacional para "evitar um banho de sangue".

A chamada "via birmanesa para o socialismo" é o mercado negro explorado pelos déspotas.

Com o país virtualmente isolado e os jornalistas impedidos de entrar, os próprios mianmarense encarregam-se de produzir imagens das manifestações, muitas com câmeras simplificadas, de telefones celulares, e de difundi-las via internet. Na era da informação, é cada mais difícil para ditadores controlar as notícias sobre o massacre de seu próprio povo.

Entre as imagens que circulam na Internet, está a festa de casamento da filha do ditador-mor, general Than Shwe.

Os Estados Unidos anunciaram o reforço das sanções econômicas que impõem a Mianmar e seus dirigentes sanguinários e corruptos desde 1997. Podem, por exemplo, fazer o que fizeram contra o regime stalinista da Coréia do Norte: bloquear suas contas bancárias no exterior.

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