quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Euro atinge cotação recorde a US$ 1,40

A moeda comum européia atingiu hoje sua cotação recorde diante do dólar americano desde que foi criada, em 1999, passando de US$ 1,40.

O dólar caiu à sua cotação mais baixa em 15 anos em relação a seis moedas.

Desde que tomou posse, em janeiro de 2001, o presidente George Walker Bush adota uma política de "negligência benigna", de deixar a moeda se desvalorizar na expectativa de que isto reduza o déficit comercial dos Estados Unidos, que está em torno de US$ 800 bilhões por ano. Só que os analistas dizem que isso simplesmente não basta.

Para equilibrar a balança comercial americana, o dólar precisaria cair, segundo alguns cálculos, em 80%, o que provocaria um verdadeiro colapso da economia dos EUA, com conseqüências desastrosas para a economia mundial.

Como os grandes credores da dívida pública do governo americano são países asiáticos, especialmente a China e o Japão, eles têm interesse em manter a estabilidade da moeda americana. Se venderem esses títulos em grande quantidade, desestabilizariam a economia dos EUA. Mas, em princípio, não têm interesse em complicar a vida do maior consumidor de seus produtos.

A China, que acumula reservas cambiais em moedas fortes superiores a US$ 1,2 trilhão, teve no ano passado um saldo de US$ 260 bilhões no comércio com os EUA. Ninguém quer perder um parceiro desses.

Por outro lado, a economia americana se beneficia da globalização. Como é a mais forte do mundo, não tem problemas para se financiar. A solução definitiva do problema exige que os EUA consumam menos e poupem mais. Mas quem vai dizer isso ao povo americano? Não são os candidatos à Casa Branca em 2008.

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