quinta-feira, 31 de maio de 2007

Russo acusa britânicos pela morte de ex-espião

O ex-agente secreto russo denunciado à Justiça do Reino Unido pelo assassinato de seu ex-colega Alexander Litvinenko contra-atacou hoje.

Em entrevista coletiva em Moscou, Andrei Lugovoi acusou o serviço secreto britânico MI6 pela morte de Litvinenko, que sofreu uma longa agonia de mais de três semanas, morrendo em 24 de novembro num hospital de Londres, depois de ser envenenado com o elemento radioativo polônio-210 em 1º de novembro. Ambos trabalharam para o Comitê de Defesa do Estado (KGB), a temida polícia política da extinta União Soviética.

A Rússia nega-se a extraditar Lugovoi, como quer a Justiça britânica.

"O papel principal nesta história sombria foi desempenhado pelos serviços secretos britânicos, seus agentes, Boris Berezovski e Litvinenko", afirmou Lugovoi. Berezovski, um dos magnatas da Rússia pós-soviética, tornou-se inimigo político do presidente Vladimir Putin e foi morar em Londres. Litvinenko dizia ser sido designado para matar Berezovski. Acabou trabalhando para o magnata.

A morte de Litvinenko teve todas as características das guerras de espiões da Guerra Fria. Foi atraído para uma cilada por relações pessoais e assassinado com um elemento raro e indetectável normalmente em aeroportos porque ninguém investiga sua presença na bagagem de passageiros civis.

Só a Rússia teria condições de contrabandear polônio radioativo, um elemento artificial, que não existe na natureza e é frabricado pelo homem.

Lugovoi alegou que Litvinenko estava trabalhando para o serviço secreto britânico, que teria tentado contratar o próprio Lugovoi como espião na Rússia.

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