sábado, 24 de fevereiro de 2007

Prodi será submetido a voto de confiança na Itália

O primeiro-ministro demissionário Romano Prodi deve continuar chefiando o governo da Itália. Ontem presidente Giorgio Napolitano ordenou que seu governo seja submetido a um voto de confiança do Congresso. Se os nove partidos que formam a União, de centro-esquerda, reafirmarem seu apoio a Prodi, seu governo será reconduzido ao poder.

Prodi pediu demissão na quarta-feira, depois de perder por apenas dois votos uma votação no Senado sobre a manutenção de 1,9 mil soldados italianos no Afeganistão e a ampliação da base militar americana da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) em Vicenza. Por causa das guerras de Bush, a aliança militar com os Estados Unidos quase derruba mais um governo.

As alternativas, para o presidente, seriam submeter o governo a um voto de confiança, pedir a Prodi que forme um novo governo ou convocar eleições antecipadas. Mas Prodi está a apenas nove meses no cargo. Com o eleitorado italiano dividido entre direita e centro-esquerda, dificilmente conseguiria formar um governo com outros partidos. Novas eleições não mudariam essa divisão de forças.

Quem está interessado na eleição é o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, homem mais rico da Itália, sempre envolvido em processos por corrupção. Aparentemente não será desta vez que terá sua próxima chance de voltar ao poder.

Na volátil política italiana, este é o 61º governo desde 1948. Reúne democratas-cristãos, comunistas ordoxos e reformistas, verdes e defensores do liberalismo econômico. É uma coalizão de nove partidos cujo grande interesse comum é manter Berlusconi afastado do poder.

Polêmico, populista e sempre acusado de corrupção, Berlusconi foi o único primeiro-ministro italiano a concluir um mandato no pós-guerra, de 2001 a 2006.

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