terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Enfraquecimento dos EUA fortalece a China

Ao enfraquecer os Estados Unidos, a guerra no Iraque fortaleceu a superpotência emergente. Para os editores de Foreign Policy, a China é a quinta maior vencedora no Iraque.

Se a demonstração de força dos americanos tivesse sucesso, os chineses ficariam intimidados.

Diante do fracasso e da erosão do poder diplomático, do poder suave dos EUA no mundo, a China procura se apresentar como um parceiro responsável da comunidade internacional. Acaba de negociar o acordo para desligar uma usina nuclear da Coréia do Norte, primeiro passo para desarmar o programar nuclear norte-coreano. E se os EUA não conseguem lutar duas guerras ao mesmo tempo, no Iraque e no Afeganistão, contra países subdesenvolvidos, não terão como enfrentar a China, se o regime comunista de Beijim cumprir a eterna ameaça de invadir Taiwan, caso a ilha rebelde declare independência.

Os EUA têm o compromisso histórico de defender Taiwan de um ataque chinês. Mas com suas Forças Armadas no limite, presos no atoleiro no Iraque, os EUA não estão em condições de enfrentar a China.

Como a grande preocupação da China é manter a estabilidade que garante seu extraordinário crescimento econômico de 10% ao ano e boas relações com um parceiro que lhe deu um saldo de US$ 232,5 bilhões em 2006, a China não tem interesse em invadir Taiwan. Mas o fiasco no Iraque desestimula novas aventuras militares americanas.

Uma coisa é bombardear o Irã para destruir meia dúzia de centrais nucleares ou até todo o sistema de defesa antiaéreo da república islâmica; outra, muito diferente, é enfrentar a China, que aumenta seu status a cada dia no sistema internacional.

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