sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

EUA pressionam aliados europeus da OTAN a cooperar no Afeganistão

A secretária de Estado, Condoleezza Rice, vai pressionar nesta sexta-feira os aliados europeus dos Estados Unidos a cooperar mais na guerra contra a milícia dos Talebã (estudantes) e no desenvolvimento do Afeganistão, afirma hoje o jornal inglês Financial Times.

Rice vai anunciar, numa reunião de ministros do Exterior da União Européia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a intenção americana de destinar US$ 8 bilhões ao Afeganistão e pedir aos aliados que façam o mesmo. Em fevereiro, o presidente George W. Bush deve pedir o dinheiro ao Congresso.

Os EUA também devem manter 3,5 mil soldados americanos quatro meses além do previsto.

Pelo artigo 5 da Carta da OTAN, criada em 1949, durante a Guerra Fria, para conter o comunismo soviético, um ataque contra um país-membro é um ataque contra todos. Com base neste artigo, os aliados ofereceram ajuda militar aos EUA depois dos atentados de 11 de setembro de 2001.

Mas a invasão do Iraque provocou o maior divisão da história da aliança transatlântica: França e Alemanha foram abertamente contra a guerra. A imagem dos EUA está desgastada, e os países europeus relutam em aderir à guerra americana no Afeganistão. Preferem a ajuda civil.

Nesta sexta-feira, a Comissão Européia, órgão executivo da União Européia, deve aprovar uma verba de 600 milhões de euros (US$ 780 milhões) a ser aplicada em quatro para melhorar a administração pública, as condições de saúde e oferecer alternativas à produção de drogas como ópio, morfina e heroína.

No momento, soldados britânicos e canadenses enfrentam a ofensiva dos talebã. Os combates foram descritos por comandantes britânicos como os mais difíceis desde a Segunda Guerra Mundial. A Holanda também está ao lado dos EUA, mas a Alemanha e a França não querem entrar em combate. Paris está retirando suas forças especiais, 200 soldados de elite.

Na quinta-feira, o ministro da Defesa, general Rahim Wardak, declarou esperar reforços dos EUA e do Reino Unido, e a chegada de mil soldados da Polônia. O Exército Nacional afegão vai ganhar mais 12 mil soldados, além dos 40 mil atuais, para enfrentar a esperada ofensiva dos talebã na primavera no Hemisfério Norte, que começa no final de março.

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