sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

Bush muda equipe antes de anunciar nova estratégia dos EUA na Guerra do Iraque

O presidente George Walker Bush mudou na sexta-feira os comandantes militares americanos no Iraque, preparando o anúncio de sua nova estratégia, que deve enfrentar resistência da maioria democrata no Congresso ao propor um aumento de 20 mil soldados no contingente americano no país ocupado.

Bush começou a mudar sua equipe demitindo o secretário da Defesa Donald Rumsfeld um dia depois da vitória democrata nas eleições parlamentares de 7 de novembro, quando os democratas recuperaram a maioria na Câmara e no Senado.

Já havia indicado o diretor nacional de Inteligência e ex-embaixador no Iraque, John Negroponte, um veterano linha-dura da Guerra Fria na América Central, para subsecretário de Estado. O atual embaixador americano no Iraque, Zalmay Khalilzad, deverá ser o representante dos EUA junto às Nações Unidas.

Hoje, o presidente nomeou o almirante William Fallon para substituir o general John Abizaid como chefe do Comando Central dos Estados Unidos, responsável pelas guerras no Afeganistão e no Iraque, e o general David Petraeus como comandante supremo no Iraque no lugar do general George Casey, que é contra o aumento do número de soldados.

A oposição também é contra. Os dois principais líderes do novo Congresso de maioria democrata, a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, e o líder no Senado, Harry Reid, enviaram carta do presidente rejeitando o envio de mais soldados americanos para o Iraque e pedindo que seja estabelecido um cronograma para a retirada das tropas dos EUA: "Mandar mais tropas de combate só vai colocar em perigo mais americanos e sobrecarregar nossos militares até o limite de ruptura sem ganho estratégico".

O senador afro-americano Barack Obama, principal rival da ex-primeira-dama e senadora Hillary Clinton, disse ao presidente Bush na Casa Branca que enviar mais soldados americanos para o Iraque é "uma má idéia".

Outros dois senadores, John Lieberman, candidato a vice-presidente derrotado em 2000, e John McCain, veterano do Vietnã e pré-candidato republicano à Presidência dos EUA em 2008, defenderam o aumento do número de tropas.

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