domingo, 17 de dezembro de 2006

Mulheres perdem espaço no novo Iraque

Com a situação de anarquia e violência, e o avanço do fundamentalismo, a situação da mulher piorou no nova Iraque, afirma o jornal americano The Washington Post neste sábado. Cada vez mais as mulheres evitam sair na rua, por medo de seqüestro e estupro.

As mulheres recebem ameaças de morte por causa de sua religião, seus costumes e sua carreira. Elas são perseguidas por não usarem vestidos longos e véus na cabeça, e por dirigir automóveis.

Na maior parte do século passado, o Iraque foi um país secular que estimulava a entrada da mulher nas escolas e no mercado de trabalho. O partido Baath, de Saddam Hussein, defendia um maldefinido socialismo árabe e a plena participação social da mulher. As guerras mudaram esta realidade.

Entre as promessas de democracia do presidente George Walker Bush para justificar a invasão do Iraque, estava fortalecer os direitos da mulher para construir um novo Iraque.

As mulheres iraquianas começaram a freqüentar universidades nos anos 20. Têm uma longa tradição acadêmica.

Na Guerra do Golfo de 1991, para expulsar os iraquianos do Kuwait, Saddam Hussein começou a manipular a religião por interesses políticos. Proibiu mulheres menores de 45 anos de viajarem sozinhas ao exterior, sem a companhia de um parente homem.

Em 2003, incentivadas por Bush, surgiu um movimento feminista iraquiano incipiente, logo sufocado pela anarquia e o avanço do fundamentalismo islâmico. No momento, as mulheres qualificadas tentam fugir do país. Não vêem futuro no Iraque.

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