terça-feira, 7 de novembro de 2006

Vietnã entra na OMC

O Vietnã foi admitido hoje na Organização Mundial do Comércio, mais uma etapa da integração do país, que como a China ainda tem um governo comunista, depois de 20 anos de reformas econômicas inspiradas pelas chinesas que o transformaram em mais um tigre asiático. É o 150º país-membro da OMC.

Diante do declínio da ideologia marxista e do sucesso da abertura econômica chinesa, em 1986, as autoridades do país comunista que derrota os Estados Unidos na Guerra do Vietnã (1964-75) lançaram a política econômica de 'doi moi' (renovação). Em 1995, quando a OMC sucedeu ao Gatt (Acordo Geral de Tarifas e Comércio), o Vietnã pediu adesão, finalmente aprovada agora.

"O Vietnã mostrou como a ancoragem das reformas domésticas na OMC pode gerar resultados impressionantes", declarou o diretor-geral da OMC, o francês Pascal Lamy. "No ano passado, o crescimento econômico do Vietnã superou 8%, o investimento estrangeiro direto subiu para mais de US$ 6 bilhões e as exportações aumentaram mais de 20%. Mais vem pela frente, com novas leis, medidas administrativas e os compromissos em bens e serviços assumidos no pacote de adesão do Vietnã".

Desde 1986, o Vietnã tornou-se um importante exportador de produtos têxteis e de café, apostou na industrialização e compete com seus vizinhos por investimentos estrangeiros, com uma vantagem competitiva: seus salários são mais baixos do que os da poderosa vizinha China.

Com 84 milhões de habitantes e um produto interno bruto de US$ 45 bilhões, o Vietnã era a segunda maior economia do mundo, depois da Rússia, a estar fora da OMC.

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