quinta-feira, 16 de novembro de 2006

Ségolène e Sarkozy estão empatados na França

Na véspera da eleição prévia para escolher o candidato do Partido Socialista à eleição presidencial de 2007 na França, a ser realizada hoje, os dois favoritos aparecem empatados numa pesquisa.

Tanto a favorita da esquerda, Ségolène Royal, quanto o ministro do Interior, Nicolás Sarkozy, têm 34% das preferências, seguidos pelo líder da extrema direita, Jean-Marie Le Pen, da Frente Nacional, com 13%.

Com a desistência do ex-primeiro-ministro Lionel Jospin, que em 2002 perdeu a vaga no segundo turno para Le Pen, Ségolène enfrenta hoje outro ex-primeiro-ministro, Laurent Fabius, e o ex-ministro da Economia Dominique Strauss-Kahn. Ela pediu uma grande votação aos 218 mil filiados do PS francês para evitar o desgaste de um segundo turno que, na sua opinião, só favoreceria à direita.

Ségolène enfrenta restrições da ala mais esquerdista do PS, que considera suas propostas modernizadoras muito liberais. Mas aparece nas pesquisas como a única candidata capaz de derrotar Sarkozy, um filho de imigrantes húngaros que está disposto a reformar o Estado e a economia da França numa linha liberalizante. Ele promete reduzir o desemprego para 5% mas os sindicatos temem que isto seja feito à custa da redução dos direitos e da facilitação de demissões.

Os dois candidatos favoritos são, assim, partidários de uma modernização e da liberalização da economia francesa para enfrentar os desafios da globalização, sinal de que começa a surgir um consenso na França a favor das reformas. Isto não quer dizer que os sindicatos não vão protestar, sair às ruas e promover greves.

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