sexta-feira, 8 de setembro de 2006

Itamaraty reabilita Vinicius de Moraes

Em cerimônia realizada hoje no Palácio do Itamaraty no Rio de Janeiro, o poeta e diplomata Vinicius de Morais (1913-80), exonerado em 1969 pela ditadura militar, foi oficialmente reintegrado ao Ministério das Relações Exteriores, 26 anos após sua morte.

O chanceler Celso Amorim foi representado por sua mulher, Ana Maria Amorim. A embaixatriz e a família de Vinicius descerraram uma placa comemorativa que cria o Espaço Vinícius de Moraes, junto ao lago dos cisnes do Itamaraty.

Até um sambinha foi composto para marcar a homenagem, de autoria de Noca da Portela, secretário estadual de Cultura, e de Riko Dorilêo. Foi lançado há dois dias no Bar Vilarinho, no Centro do Rio, onde Vinicius conheceu seu maior parceiro, o maestro Antônio Carlos Jobim, e interpretado pelos autores na Casa de Rio Branco.

Se não chegou a ser um diplomata famoso, com sua poesia e sua música, Vinicius promoveu como poucos a imagem do Brasil no Exterior. A Garota de Ipanema, de Tom e Vinicius, é mais um hino nacional, na verdade um hino à mulher brasileira, grande paixão do poeta.

Também foi homenageado o cineasta Nelson Pereira dos Santos, que recentemente foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. Ele ganhou um diplomacia de excelência do Itamaraty pela promoção da imagem do Brasil feita por seus filmes de sucesso baseados em grandes obras da literatura brasileira, como Vidas Secas, Memórias do Cárcere e Tenda dos Milagres.

Só faltou um uisquinho. Não foi servido nada de álcool. Será que Vinicius aprovaria uma festa em sua homenagem sem um só brinde? Provavelmente sairia de fininho para o buteco mais próximo.

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