sábado, 12 de agosto de 2006

Nova Al Caeda amplia ameaça terrorista

A polícia britânica ainda investiga a conexão paquistanesa e a possibilidade de que a ordem para explodir aviões em pleno vôo sobre o Oceano Atlântico tenha partido da cúpula da rede terrorista Al Caeda. Mas o fato de que mais uma vez cidadãos britânicos estejam dispostos a morrer em operações terroristas suicidas indica que o universo do radicalismo muçulmano ou jihadismo está se ampliando.

Estes novos ativistas inspirados pela ideologia e os métodos d’al Caeda têm ampla liberdade para tomar iniciativas. Isto torna mais difícil detectá-los e combatê-los.

Um dos principais focos de preocupação agora é a minoria muçulmana na Grã-Bretanha, de cerca de dois milhões de pessoas, especialmente do Londonistão, os bairros e mesquitas da capital britânica onde a pregação fundamentalista muçulmana se concentra.

Steve Simon, especialista em antiterrorismo que trabalhou no governo Bill Clinton e foi co-autor de A Era do Terror Sagrado, observa que a rede está passando da fase em que era dominada pelos seus fundadores para uma era de “livre iniciativa” em que diversos muçulmanos europeus vêem a si mesmos como “vingadores” dos ultrajes a que acreditam que o Islã foi submetido nos últimos séculos.

Nos Estados Unidos, em função das oportunidades que a maior economia do mundo oferece, os imigrantes muçulmanos parecem mais integrados, ao contrário do que se viu, por exemplo, na revolta dos jovens da periferia de Paris em outubro e novembro do ano passado.

A cidade mais preparada do mundo para ataques terroristas hoje é Nova Iorque. De seus 37 mil policiais uniformizados, mil são agentes antiterrorismo. Pelo menos 15 mil civis trabalham na coleta de informações sobre possíveis atos terroristas. O comando do policiamento convidou especialistas em combate ao terrorismo da Inglaterra, França, Jordânia, Israel e Cingapura para se aperfeiçoar.

Como Nova Iorque é a cidade mais cosmopolita do mundo, sua força policial é a que mais tem soldados que falam árabe. Tem mais agentes que falam pashtune, urdu e persa do que o FBI, a política federal americana. Tudo para evitar que surja um Nova-Iorquistão.

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