sábado, 1 de julho de 2006

Israel ataca sede do governo palestino

Um helicóptero de Israel atacou hoje com mísseis o escritório do primeiro-ministro palestino, Ismail Haniya, na cidade de Gaza, incendiando o prédio, enquanto o Egito tenta negociar a libertação do cabo israelense Gilad Shalit, de 19 anos, seqüestrado por grupos armados palestinos em 25 de junho. A busca do refém provocou a primeira invasão israelense da Faixa de Gaza desde que Israel se retirou deste território palestino, em setembro passado, depois de 38 anos de ocupação.

Oficiais israelenses justificaram o ataque contra o escritório de Haniya alegando que estava sendo usado para planejar ataques terroristas. Ao pregar numa mesquita de Gaxa na sexta-feira, o primeiro-ministro, que pertence ao Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) acusou Israel de ter um "plano premeditado" destruir o governo liderado pelo Hamas: "Estamos vendo uma agressão contra nosso povo e isto vai além do soldado seqüestrado".

Ismail Haniya alegou que o governo não tem como libertar Shalit enquanto Israel continuar com sua ação militar: "Exigimos o fim da agressão contra o povo palestino para que a situação não fique ainda pior e que eles parem de atacar o sistema político e a democracia palestinas".

Pouco depois do ataque contra o escritório do chefe de governo, Israel fez mais dois ataques aéreos contra o campo de refugiados de Jabalia, em Gaza. Os alvos foram um centro de treinamento do Hamas e uma casa usada como quartel-general de uma milícia ligada ao movimento fundamentalista. Pelo menos uma pessoa morreu.

O Egito e o Catar tentam negociar a libertação do cabo israelense. Um jornal oficial egípcio citou o presidente Hosni Mubarak para dizer que o Hamas teria aprovado um plano com condições para entregar Shalit. Mubarak disse que Israel rejeitou os termos da proposta alegando que encorajaria mais seqüestros.

Três grupos militantes palestinos, as Brigadas al-Cassem, braço armado do Hamas; os Comitês de Resistência Popular; e o até então desconhecido Exército do Islã reivindicaram o seqüestro do militar israelense. No sábado, mandaram um fax para diversos meios de comunicação exigindo a libertação de mil prisioneiros árabes que estão em prisões israelenses, inclusive mulheres e crianças.

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