domingo, 11 de junho de 2006

EUA temem teste de míssil intercontinental da Coréia do Norte

A Coréia do Norte prepara-se para testar um míssil intercontinental capaz de atingir os Estados Unidos, afirmaram altos funcionários americanos. Eles acreditam que o regime comunista norte-coreano está pronto para experimentar o míssil Taepodong-2.

Será o primeiro teste desde que a Coréia do Norte disparou um míssel Taepodong-1 por sobre o Japão em 1998.

O Taepodong-2 é um míssil de três estágios para poder ter maior alcance. Na verdade, é um foguete de combustível sólido instalado sobre um míssil Scud, que por sua vez está montado sobre um míssil Nodong, de curto alcance.

Com o olhar indiscreto dos satélites, os EUA monitoram um centro de lançamento de mísseis no Leste da Coréia do Norte. Os americanos acreditam que os norte-coreanos podem estar blefando em sua política de chantagem atômica contra os EUA.

“Ainda não temos certeza de nada”, admitiu um alto funcionário americano citado pelo jornal Financial Times. “Pode ser treinamento... Pode ser uma jogada política...” Ele disse que a China e a Coréia do Sul estão pressionando Pionguiangue a não testar qualquer míssil.

Fundamentalmente, a ditadura norte-coreana tenta extrair concessões econômicas e garantias de que não será atacada para preservar um dos últimos regimes stalinistas do mundo. Às vezes, aceita participar das negociações com EUA, Coréia do Sul, Rússia, China e Japão; às vezes, retira-se batendo a porta e fazendo ameaças.

A Coréia do Norte já declarou ter a bomba nuclear mas nunca fez o teste que atestaria seu ingresso no clube atômico. Os EUA tentam evitar uma crise alegando que “é isto que a Coréia do Norte quer”.

Nas últimas semanas, revelou-se que a secretária de Estado, Condoleezza Rice, arma uma nova estratégia para lidar com a Coréia do Norte que incluiria negociações quadripartite com EUA, Coréia do Sul e China para chegar a um acordo de paz na Guerra da Coréia (1950-53).

Sem chance de avanço na questão nuclear, os EUA usariam outras frentes para tentar se aproximar diplomaticamente do regime norte-coreano na tentativa de desarmar sua chantagem atômica no momento em que se agrava a crise em torno do programa nuclear do Irã, que também estaria desenvolvendo armas nucleares.

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