sábado, 10 de junho de 2006

Daniel Ortega é acusado de genocídio

O ex-presidente da Nicarágua e líder nas pesquisas sobre a eleição presidencial de 5 de novembro, Daniel Ortega, está sendo acusado de genocídio por uma organização nicaragüense de defesa dos direitos humanos. Ele e outros altos dirigentes do governo da Frente Sandinista de Libertação Nacional (1979-90) seriam responsáveis pelo Natal Vermelho.

No Natal de 1983, o Exército Sandinista lançou uma operação para remover 8,5 mil índios miskitos da margem do Rio Coco, na fronteira com Honduras, para evitar que os índios, adversários do regime revolucionário, dessem apoio aos contra-revolucionários financiados pelos Estados Unidos. Pelo menos 64 pessoas foram assassinadas, 13 torturadas e 15 desapareceram.

A Comissão Permanente de Direitos Humanos também denunciou o general reformado e ex-comandante do Exército Humberto Ortega, irmão de Daniel; o ex-ministro do Interior e atual deputado Tomás Borge, um dos expoente da linha dura no governo sandinista; o ex-chefe de Segurança do Estado, comandante Lenín Cerna; e o atual procurador de direitos humanos da Nicarágua, Omar Cabezas.

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