sábado, 29 de abril de 2006

Número de ataques terroristas cresceu quatro vezes em 2005

Um relatório do Departamento de Estado americano revelou ontem que o número de atentados terroristas cresceu quatro vezes no passado, atingindo um total de 11.111 casos que mataram mais de 14,6 mil civis, dos quais 56 americanos.

Cerca de 30% dos casos aconteceram no Iraque, que segundo o relatório se tornou um "refúgio" para terroristas. Só nas últimas 24 horas, os rebeldes iraquianos mataram cinco pessoas. Uma bomba detonada junto a uma estrada matou um soldado americano. Em Bagdá, foram encontrados ainda 12 cadáveres baleados na cabeça e com sinais de tortura.

Os dados foram compilados pelo Centro Nacional de Combate ao Terrorismo e divulgados junto com o relatório anual do Departamento de Estado sobre o terrorismo, que afirma que a rede Al Caeda não tem mais o poder de fogo de quatro anos atrás.

No relatório de 262 páginas, o governo americano admite estar "no início de uma guerra potencialmente longa. A provada capacidade de adaptação do inimigo significa que provavelmente atravessaremos vários ciclos de ação e reação até que o resultado final não deixe mais dúvidas."

O Brasil foi acusado de não colaborar efetivamente na guerra contra o terrorismo. Embora reconheça que "o governo brasileiro condena vigorosamente o terrorismo", não apresentou nova legislação para criar estruturas antiterror. Os EUA preocupam-se especialmente com o tráfico de armas e drogas, e a lavagem de dinheiro, na fronteira tríplice Brasil-Paraguai-Argentina na Foz do Iguaçu.

O embaixador brasileiro em Washington, Roberto Abdenur declarou que "o governo faz tudo o que pode e que está a seu alcance e tem colaborado no combate ao terrorismo".

Como no ano passado, o Irã foi acusado de ser "o mais ativo patrocinador do terrorismo". Sua Guarda Revolucionária colaboraria no planejamento e execução de atos perpetrados por organizações com sede no Líbano e na Síria, com Israel como principal alvo, e também pelas milícias xiitas no Iraque.

Outros grupos citados são as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e o Exército de Resistência do Senhor, de Uganda.

Os outros países acusados de patrocinar o terrorismo são os mesmos: Coréia do Norte, Cuba, Líbia, Síria e Sudão.

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