terça-feira, 18 de abril de 2006

Estudo suscita dúvidas sobre a pílula anticoncepcional

Uma ampla pesquisa realizada nos Estados Unidos revela um risco maior de coágulos, ataques cardíacos e acidentes vasculares-cerebrais em mulheres que tomam estrogênio e progesterona para tratar sintomas da menopausa levanta suspeitas sobre a pílula anticoncepcional, que contém os mesmos hormônios.

Ao comentar o estudo encomendado pela Iniciativa pela Saúde da Mulher, médicos ouvido pelo The Wall St. Journal observaram que o risco é menor na faixa dos 20, 30 anos, quando as mulheres costumam tomar a pílula. Os hormônios usados na pílula são mais fortes do que os da menopausa.

Quanto aos riscos de ataques ou coágulos, o risco é muito maior para mulheres fumantes e/ou hipertensas. Em 1998, pesquisadores da Universidade de Harvard, nos EUA, revisaram 400 estudos sobre riscos cardíacos associados à pílula anticoncepcional. Concluíram que só as fumantes tinham aumento de risco por causa da pílula.

Para mulheres de mais idade, o risco cresce bastante dez anos depois dos primeiros sintomas da menopausa.

A revista médica britânica The Lancet examinou 54 pesquisas feitas com 150 mil mulheres sobre a relação da pílula com o câncer de seio. Há um pequeno aumento de risco quando a mulher está tomando a pílula e até 10 anos depois, mais acentuado para quem começa a tomar a pílula antes dos 20 anos.

Na menopausa, depois de tomar estrogênio e progesterona por três anos, há maior risco de câncer de seio. Quem toma só estrogênio não tem maior risco e pode até ser protegida por este hormônio.

O uso da pílula reduz o risco dos cânceres de ovário, intestino grosso e útero. Os hormônios da menopausa parecem reduzir o risco de câncer do intestino grosso.

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